segunda-feira, abril 06, 2015

Um novo olhar... O mundo em cor de rosa...


Hoje ao ver uma reportagem na TV relembrei-me que já tive um blog. Após verificar que ainda se encontrava activo, foi tempo de recordar desabafos...
E o título do blog, muito original e irreverente, típico da idade à data...
Agora e após muitas mudanças, tudo permanece quase inalterado à excepção de ser cada vez mais um estúpido num mundo fantástico.
Contudo, o filtro mudou... O meu mundo agora é sempre olhado em tons de cor de rosa...

domingo, julho 15, 2012

Memórias...

A imensidão de coisas que sucederam entretanto!
Sorrisos, lágrimas, gargalhadas, apertos de saudade e muitas outras coisas que agora já nem sequer recordo...
Muitas foram ganhas, outras trágica e injustamente perdidas!
Recordo aquela noite, após uma longa viagem e a magia do momento...
Relembro aquela manhã, que começou cheia de dor e revolta por tudo aquilo que me foi retirado...
E naquele fim de tarde, onde terminou mais uma batalha!
Uma das maiores vantagem do Homem é conseguir recordar aquele preciso momento que o marcou, quer seja positivo ou negativo. Relembrar, remexer bem lá no "fundinho" o baú das memórias até ficar com pele de galinha, até ser atravessado por aquele suspiro estremecedor, ou de saudade do que passou, ou de sentimento reconfortante de prova(ção) superada.
Perder memórias... 
Há lá coisa mais irritante do que perder uma pen ou ter de formatar um disco rígido cheios de fotos, trabalhos, rascunhos!
E perder todos os aqueles instantes que nos saltam à cabeça quando nos sentamos a ver o sol a descer em direcção ao mar, aqueles momentos que surgem quando durante uma pausa no trabalho e nos faz turvar a visão e nem sequer ouvir o que nos rodeia!
Boas ou más são minhas, dão-me prazer, alertam-me para erros cometidos, indicam-me novos caminhos, provocam ansiedade, e fazem querer voltar atrás ou avançar rapidamente...
Podem roubar-me tudo, só não me roubem as minhas memórias....

terça-feira, maio 17, 2011

Borboletas

Nasci e cresci numa zona rural.
Uma das minhas brincadeiras de miúdo era capturar borboletas com um frasco de café solúvel.
Ficava ali a admira-la contra o vidro junto da flor em que havia antes da captura furtiva.
Após ter reparado nos desenhos e nas cores das asas, libertava-a e via-a afastar-se no ar.
Agora que penso, já há muito tempo que não as vejo! Há muitas primaveras que elas deixaram de sobrevoar as paisagens.
Li numa publicação qualquer que a explicação provável para tal desaparecimento seria a propagação das ondas emitidas pelas antenas de comunicações móveis.
Ainda dizem que as tecnologias são benéficas e que servem para aproximar...
Verdade ou não, o que é certo é que elas deixaram de aparecer....
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segunda-feira, maio 16, 2011

Mudar de Vida

Pedro havia decidido fazer pequenas alterações na sua vida. Não queria fazer mudanças estruturais e desfigurativas da personalidade que demorara trinta e três anos a construir.
Ambicionava apenas alterar pequenos desvios que pensava fazerem dele uma pessoa melhor e para além de tudo queria driblar a rotina. A acrescentar a tudo isto, pretendia sentir-se bem consigo.
No seu "post it" mental encontrava uma prioridade: CORAGEM
Não se considerava um cobarde, mas tinha perfeita noção que em certas alturas da vida deveria ter arriscado mais. Os seus grandes desafios e sensações de adrenalina estiveram sempre ligados com projectos que tinham como resultado uma boa qualidade de vida e o esquecimento da última vez que teria usado uma máquina de calcular.
Sempre tinha sido um aluno mediano a matemática, pelo que tinha resolvido fazer tudo para nunca efectuar subtracções, apenas somas.
Verificava apenas que tinha retirado dele os SONHOS. Sonhos daqueles que fazem uma pessoa sorrir, daqueles que fazem esquecer a realidade e pairar numa penumbra positiva, daqueles com um cenário azul de uma paisagem estival.
Faltara-lhe CORAGEM para correr atrás, para saltar para um poço cheio de certezas e para arriscar no absolutamente improvável.
Limitava-se a contornar essas situações com uma perícia que lhe permitia obter aplausos e a admiração de quem o rodeava.
Mesmo assim, atingida a idade do maior altruísta de que ouvira falar , decidiu não deixar que a sua consciência o crucificasse dia após dia.
Naquela hora, no final de almoço, fechou a agenda cheia de compromissos, alcançou o aparelho que o ligava aos que lhe engordavam a conta bancária, seleccionou no menu "criar nova mensagem de texto" e digitou no ecrã: "Apetece-me falar contigo, queres jantar comigo?"
Enviar «=» Grande acto de CORAGEM

segunda-feira, novembro 08, 2010

O Dr. bem sucedido!

Há já 32 anos que se chamava Lourenço Silva.
Este nome ganhava outro sentido quando era acompanhado do título académico obtido ao longo de seis longos anos.
Na verdade, quem existia era o Dr. Lourenço Silva, porque o Lourenço desvanecia-se quando ultrapassava a porta da sala de espera do consultório médico.
Embora fosse uma grande figura do panorama clínico lisboeta, equiparava-se ao mendigo a quem dava esmola diariamente. Esta transformação sucedia por magia, logo que retirava o pedaço de tecido branco, colorido apenas pelas 5 canetas penduradas no bolso junto ao coração.
Coração, esse era o seu grande problema! Com a sua especialidade tratava do coração dos seus pacientes, sempre com grande mestria. Só não arranjava tratamento para o seu!
As únicas amizades, ligeiras, que conquistara eram a da sua assistente de 62 anos e de dois delegados de propaganda médica que o visitavam oferecendo congressos em troca de caixas de medicamentos de marca. Mesmo assim não eram daqueles amigos a quem ele tinha coragem de ligar para tomar um café.
Tinha estudado noites a fio e dedicado toda a sua vida a um sonho, no entanto após ter conquistado o patamar mais alto na sua profissão, olhava para todos os lados e via apenas o Dr. Lourenço Silva. O cardiologista bem sucedido, tinha como troféus um bom ordenado, um bom carro, uma mansão em Cascais e, mais nada...
Desperdiçara oportunidades atrás de oportunidades, amizades, sentimentos e convivências...
No meio de tudo o que toda a gente queria, não tinha a única coisa boa que consolava as pessoas razoavelmente felizes.
Normalmente chegava à conclusão dos erros que cometera, ao jantar, na grande mesa da sua sala de jantar com apenas uma cadeira ocupada.
Pensava nisso, após o jantar ao som de sua música clássica, acompanhado de um copo de whisky velho.
Esquecia todos esses pensamentos no momento em que encostava a sua cabeça na almofada.
E, voltava a ser feliz quando entrava no consultório no dia seguinte.

sexta-feira, outubro 29, 2010

Quem sabe?

Digo sim, é porque sim mesmo.
Digo não, é porque é mesmo não.
Digo talvez, é porque não...
Quando não digo nada.... Pois, não sei...

quarta-feira, agosto 25, 2010

Tá visto, não se pode ser bom!

São dez e meia da manha e eu permaneço bem disposto.

Mesmo depois da cena caricata que já vivi.
Vinha a caminho do meu local de trabalho e tendo avistado em sentido contrário uma viatura da autoridade que controla o tráfego rodoviário com o respectivo radar, resolvi avisar com sinal de luzes os automobilistas que de certeza iam a ultrapassar o limite de velocidade da zona.
Isto porque estava e estou muito bem disposto, porque não é meu hábito alertar para tal presença nas estradas.
Não é que um Sr. com um veículo automóvel com matrícula com configuração e cor diferente das portuguesas, em sinal de agradecimento para com o meu gesto altruísta, me respondeu com outro gesto que tive o cuidado de inserir neste post.
Deixo as perguntas:
Coment se diz lá na France?
Como é que eu aviso o seguinte: avec, faz atenção à vitesse, parce que lá na frente deve etre um police que é capaz de te enraber?
Para aquele agradável Sr. e em jeito de agradecimento, eu deixo uma expressão que se me afigura apropriada



E já agora informo que não tenho nada contra emigrantes, até porque acho que são pessoas que merecem o nosso reconhecimento pela coragem, pela luta e porque tenho alguns na família!
Tenho é muito contra otários!
Bonne voiage amigo!!!!!
(Atenção: Muitas das expressões francesas foram introduzidas erradas de forma intencional)