Desejava fazê-lo há já muito tempo mas a oportunidade nunca tinha surgido de um modo tão manifesto, facto ao qual acrescia a minha relativa repulsa aos objectos afiados.
Reconheço agora que tal receio é completamente injustificado!
Ultrapassados os preliminares, queria aqui salientar, não o acto em si, que é ou deveria ser banal, mas o que senti e o que pensei no momento da colheita. Enquanto me iam perguntando se estava tudo bem, e se trocavam olhares de apoio entre os escuteiros do Agrupamento 857 - Arnoia - Celorico de Basto, senti-me bastante útil com aquele pequeno gesto...
Alegra-me saber que uma quantidade de sangue que eu posso dispensar, pode fazer a diferença... Talvez seja este o verdadeiro sentido da vida... Dar para um dia receber, ou então dar e ficar feliz, que o foi o que me sucedeu.
Continuando o Domingo introspectivo, cumpri as "ordens" que me haviam sido dadas e dediquei-me ao repouso....
É mesmo isso que acabam de ler caros colegas, o trabalho da simulação jurídica foi "p'ró tecto", mas prometo que me vou esforçar durante a semana para recuperar este tempo de ócio.
Durante o merecido repouso, é que isto de dar sangue não é nada fácil, dediquei-me a ver um filme típico de domingo à tarde, sem grande conteúdo mas com uma grande mensagem.
O argumento levava a que o protagonista se sujeitasse à árdua tarefa de conquistar a sua "cara metade" todos os dias, um atrás do outro, tudo isto porque esta sofria de amnésia, sendo certo que ao amanhecer ela já não se recordava do dia anterior, nem dos sentimentos que havia adquirido.
Alguém ou algum amor se sujeitaria a tal luta?
Retirando estas "lamechices" , colho deste Domingo duas máximas:
- A inutilidade acrescida de um gesto banal, poderá fazer toda a diferença...
- Persistência acumulada com um qualquer sentimento positivo, permite que se aceite o impensável e se realize o impossível...